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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O que São Debêntures : Parte 2

Bem vamos continuar nossa explicação sobre debêntures sem enrolação, caso você queira entender o que são sugiro que clique aqui e veja na parte 1 uma explicação sobre os títulos, se já conhecem sobre eles, vamos adiante entender suas vantagens, desvantagens e riscos.

Quem pode aplicar ?

Quem pode aplicar em debêntures é uma questão bem relativa, a própria empresa costuma definir isso no prospecto que ela pede para ser feito, em geral são 3 os tipos que podem aplicar:

  • Pessoas físicas: Pessoas como eu e você, em geral tratados como público em geral
  • Investidores Qualificados: Pessoas que se enquadram nessa categoria possuem uma boa grana em investimentos, elas em geral possuem mais de 1 milhão aplicados.
  • Investidores Institucionais: Outras empresas que tenham interesse de investir nos títulos da emissora.
Várias coisas interferem em quem poderá aplicar, grau de riscos, valores, então é difícil determinar um tipo específico, realmente varia bastante de empresa para empresa. Vale ler o prospecto da oferta e conferir.


Forma de remuneração:

A forma que as debêntures remunera é realmente um capítulo a parte, isso porque vale tudo, e eles de fato se utilizam de tudo: Taxas pré, pós, IPCA, IGPM, mix de algumas das outras. Na maioria dos casos eles utilizam uma porcentagem do CDI ou a inflação mais uma taxa fixa. Isso varia bastante e as vezes dentro da própria emissão existem duas, até mesmo três formas de remuneração conforme prazos e valores aplicados, vale muito a pena prestar atenção nesse detalhe porque considerando o prazo, fará enorme diferença lá na frente.

Vantagem Tributária:

Uma das vantagens bem interessantes de se observar é a questão tributária, existem dois tipos de debêntures as incentivas e as não incentivadas. A diferença é que se quem está emitindo os títulos for uma empresa de áreas definidas como prioritárias pelo governo, que é o caso de infraestrutura e energia por exemplo, você não paga IR sobre o lucro auferido. Caso ela não esteja você deve pagar a tabela normal regressiva conforme o tempo, mas via de regra a maioria das emissões ocorrem nas incentivadas, exatamente porque atraem mais interesse das pessoas devido a essa isenção.


Vantagens:

Vamos entender o que atrai as pessoas para essas modalidade:

  • Imposto de Renda: Como mencionamos o imposto de renda é isento para aqueles que investem nas incentivadas, ou seja você pode ganhar até 15% a mais no final;
  • Taxas: Por serem mais arriscadas que outras aplicações, esses títulos costumam pagar taxas bem mais atrativas que outras modalidade de aplicação como a LCI e a LCA;
  • Diversificação: Ao investir nessa modalidade você pode por seu dinheiro em uma construtora outra parte em uma concessionária de rodovias então;
  • Remuneração: Como você viu, são várias formas de indexar seu ganho, você pode escolher conforme seu gosto e vontade, pré, pós, inflação, etc;
  • Baixa Barreira de Entrada: Em geral os títulos começam em R$ 1 mil, apesar de que alguns impedem que você compre menos do que o equivalente a R$ 10 mil, preste atenção;
  • Garantia nos bens da empresa: Nessa modalidade de aplicação, quase sempre a empresa compromete os próprios bens como garantia da operação, ou seja se ela tiver problemas tem que vendê-los para pagar os credores;
  • Liquidez: Caso você desista no caminho pode vender os títulos no mercado secundário;

Desvantagens:

Vamos entender agora o que mantém muitas pessoas longe dessa aplicação:

  • Risco: Acho esse o principal motivo, você está emprestando diretamente para uma empresa então se ela deixar de pagar ou quebrar você não tem o fundo garantidor de crédito para te devolver o dinheiro, em geral quando isso ocorre a empresa tem que vender o próprio patrimônio para honrar a dívida mas ainda assim há o risco de perder tudo;
  • Rating: Preste muita atenção nessa palavra, as agências de Risco classificação qual a chance da empresa não te pagar o que te deve, e claro, quanto maior o risco maior a taxa e o contrário também vale, preste atenção para não entrar em uma furada;
  • Prazos: Debêntures tem prazos bem longos de maneira geral, estamos falando de 5,10,15,20 anos, então estude se não vai precisar desse dinheiro no curto prazo. Claro que você pode vender no mercado secundário, mas nada garante que você irá gostar das taxas oferecidas.
  • Valores de Entrada: Se por um lado os valores de entrada não são tão altos, em alguns casos especialmente nos que possuem as melhores taxas, a emissão pode ser exclusiva para investidores institucionais e qualificados, e isso pode ser bem frustante;
  • Negociação: Para comprar ou vender você precisará via de regra de uma corretora para negociar os títulos, e isso envolve taxas de corretagem e na maioria taxas de manutenção, dependendo dos valores em questão os custos podem acabar com a vantagem;

Conclusões:

Existem outros aspectos mais técnicos que envolvem as garantias envolvidas, tipos de remuneração mais complexos, não acredito que seja necessário abordá-los ao menos nesse primeiro instante. Acredito que com o que foi informado aqui vocês conseguem ter um norte bem interessante sobre debêntures, que são ótimas opções especialmente de diversificação, mas requerem uma especial atenção em planejamento financeiros, custos entre outros. Leia com atenção releia, se tiver dúvidas pergunte, esse tema é bem chatinho de entender, mas entendendo ele, outras duas opções de aplicação que são bem parecidas são com ela serão mais fáceis de entender a seguir.

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